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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Uma "visão" da disciplina de educação tecnológica

Introducão
A expressão Educação Tecnológica foi empregue pela primeira vez por Yyes Deforge que em 1972, a tomou como título de um relatório encomendaddo pelo conselho de Europa.
Em Portugal, o ensino técnico constituiu no passado um dos mais poderosos meios de seleção escolar precorce. Após esse período, criou-se um vazio ( década de 70 e 80), progressivamente com as reformas dos sistemas educativos, é retomada a centralidade da educação tecnológica. Durante cerca de 10 anos aparentemente a educação tecnológica assume uma centralidade nos currículos com formação, porém por várias razões em sentido contrário, assistimos a uma desvalorização instituicional da mesma. Em Portugal, surgem várias interpretações do objeto disciplinar da Educação Tecnológica por vezes até contraditórias. Para alguns a disciplina é apenas um apêndice  do ensino aprendizagem, enquanto para outros se assume um caráter transdisciplinar. Ou ainda, aos que pensam que ela deva possuir um referente científico - a tecnologia.
 Acresce ainda, por parte alguns professores que ela seja aproveitada para prolongar  as antigas práticas pedagógicas das disciplinas "recauchutadas" como eram os trabalhos manuais e oficinais.
Este são alguns fatores que contribuiram para não se aumentar o interesse pela disciplina nem tão pouco promover o interesse por escolhas de vertente técnica após o 9.ºano.
 

30 anos...

Ao longo de 30 anos registamos mudanças na configuração curricular, com influência na matriz da disciplina de educação tecnológica. Esta área educativa mais que qualquer outra área educativa, pela sua singularidade, apresenta-se muito sensível a estas transformações.  A educação tecnológica também conhecida inicialmente  por trabalhos manuais/oficinais carregava o estigma de um saber "inferior". Esta área do saber nunca pode aspirar a um estatuto de paridade com restantes áreas de saber formal. A desvalorização social, persistiu ao longo dos tempos, acentuou-se, culminando com a última reorganização curricular (2012).
Com fim do ensino técnico, na década de 70 e o surgimento dos trabalhos oficinais da década de 80, procurava-se facilitar o acesso dos alunos a uma literácia tecnológica. Na década de 90, a disciplina, parecia aspirar a formação geral  através de uma construção curricular própria. Para tal centra a sua atenção no objeto técnico, através da promoção de um pensamento tecnológico, numa perspectiva integradora dos saberes, incorporando para tal elementos ciêntificos, históricos e comunicacionais. Ainda de acordo com orientações do Ministério (2001) de então, as aprendizagens deveriam ocorrer em espaços próprios, mobilizando para o efeito conhecimentos de outras áreas. Em 2002, assistimos ao fim do par pedagógico e  a redução da carga horária semanal. Esta proposta é aceite e  desenvolvida ao longo 9 anos, tinha uma organização semestral ou anual em função da oferta de escola.
Em 2012, a última proposta de reorganização curricular deixa de comtemplar esta área curricular no 3.ºciclo, limitando-se está a uma simples oferta de escola. Este novo discurso impossibilita o desenvolvimento de alguns procedimentos e acontecimentos que eram regras base na construção da identidade da disciplina, como o trabalho de projeto, e o método de resolução de problemas. Por sua vez, está  proposta remete o ensino de contéudos para o 2.ºciclo, como a tecnologia, materiais, análise do objeto técnico ou comunicação visual sem ter  ser conta o nível de desenvolvimento cognitivo dos alunos.




 
 


 
 
  

 

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